A ginástica na água nasceu na Alemanha do século XVIII e chegou no Brasil por volta de 1980, quando médicos brasileiros começaram a prescrever banhos de mar para seus pacientes.
Inicialmente o público-alvo eram apenas pacientes idosos, porém, ao longo dos anos e com a propagação dos benefícios da hidroginástica, esse cenário mudou e outros grupos de pessoas, como adultos e gestantes, começaram a aproveitar os benefícios da atividade aquática.
Com a procura sempre crescente pela atividade, outras modalidades foram surgindo para alcançar os mais diversos públicos. Algumas delas são:
– Acquagym
– Ginástica aquática
– Hidroatividade e aquaeóbica
– Hidroioga
– Hidrodança
– Hidrocapoeira
– Hidro power
– Hidro local
– Deep water e Deep runner (corrida na água)
E muitas outras, pois essas são apenas algumas das possibilidades desenvolvidas, existindo uma infinidade delas para vários tipos de público e necessidades.
Para que o professor consiga o melhor desempenho e aproveitamento do aluno, além de evitar possíveis lesões, é necessário ter um amplo conhecimento e domínio das técnicas das atividades aquáticas.
– Flutuação: resultado da força contrária à gravidade, chamada de empuxo para cima.
– Pressão hidrostática: a tensão exercida sobre o corpo, que, quanto mais profundo estiver, maior será essa tensão. Ela causa resistência na execução do movimento.
– Viscosidade: atrito provocado na água, que pode variar entre alto e baixo, conforme a velocidade do exercício ou a temperatura da piscina.
– Densidade: cálculo da massa com o volume. Se o corpo for mais denso que a água, ele afunda. O peso dos ossos e o nível de gordura e de massa magra de um indivíduo interferem em sua capacidade de flutuação.
– Temperatura: a temperatura da água das piscinas varia, em média, de 27 ºC a 29 ºC.
Além desses, muitos outros temas são abordados em nossas especializações.
O ideal é que a aula, com duração média de 40 minutos, seja dividida em três partes:
– Inicial: aquecimento
– Principal: exercícios de intensidade
– Final: relaxamento
Os movimentos que o professor irá ensinar aos alunos são feitos contra a força exercida pela água, de baixo para cima. Com o auxílio de materiais para aumentar a resistência, forma-se uma sobrecarga que ajuda a aumentar a resistência do corpo.
Para isso, é comum que sejam utilizados: halteres, acquatubos ou macarrões, caneleiras, luvas, coletes, bolas, pranchas e outros materiais aquáticos.
O uso da música também é um fator importante na realização da atividade, pois contribui para a socialização e torna o exercício ainda mais divertido, estimulando os participantes.
1. Alguns motivos para praticar hidroginástica:
– Melhora a cardiorrespiratória e vascular.
– Proporciona ganho de força e de massa magra.
– Melhora a coordenação motora e o equilíbrio.
– Proporciona prazer e qualidade de vida.
Além disso, a atividade melhora a força muscular, a resistência e a flexibilidade. Se comparada a exercícios terrestres, é capaz de reduzir o impacto nas articulações, diminuindo os riscos de lesões.
Fique conosco e veja, ainda, os cuidados necessários para um bom desempenho na hidroginástica.
2. Benefícios da hidroginástica na motricidade de idosos:
Com o avanço da idade, nosso corpo naturalmente vai perdendo massa muscular, o que dificulta o desempenho de exercícios e até de atividades rotineiras feitas em terra. Todavia, com a hidroginástica, esses efeitos são reduzidos por conta da pressão da água sobre o corpo, auxiliando, inclusive, na circulação sanguínea.
As atividades aquáticas para idosos auxiliam também no desenvolvimento do condicionamento cardiorrespiratório, na flexibilidade, na força, no relaxamento e na coordenação motora, além de contribuírem para a socialização e a sensação de bem-estar entre os participantes.
Porém, diferentemente do que alguns acreditam, a hidroginástica não combate a osteoporose, justamente por ser uma atividade de baixo impacto. Nessas situações, o ideal é que o portador da doença pratique exercícios recomendados pelo médico especialista, que geralmente são caminhadas leves combinadas com exercícios na água.
3. Benefícios da hidroginástica no controle de peso e do inchaço em gestantes:
O ganho de peso é um dos incômodos da gestação. Embora seja normal que a mulher ganhe mais peso durante o desenvolvimento do bebê, o corpo precisa se readaptar e equilibrar esse status, além do que, o excesso de peso pode ser prejudicial à saúde de ambos.
Além do aumento da pressão arterial na gestante, um dos problemas mais comuns é a sobrecarga das articulações da mulher, em razão do peso da barriga.
Para evitar essas ocorrências, a ginástica na água é a atividade ideal para aliviar os impactos do peso extra. A prática ajuda também a regular a pressão hidrostática e a circulação, bem como reduz a retenção de líquidos em membros inferiores, aliviando os inchaços que são comuns durante a gestação.
4. Benefícios da hidroginástica no combate à hipertensão:
O Instituto do Coração da Universidade de São Paulo revelou que ocorre uma dilatação dos vasos sanguíneos, promovida pelo calor da água, durante a prática da hidroginástica, o que promove uma melhor circulação causada pela pressão da água no corpo.
Isso se deve porque os exercícios físicos feitos em terra reduzem a hipertensão resistente entre 4 e 5 mmHg (medida da pressão), ao passo que a hidroginástica em piscina aquecida proporciona uma redução que chega a 20 mmHg.
Para um melhor desempenho, o ideal é que a prática seja sempre coordenada por um profissional especializado, que vai passar todas as orientações necessárias, inclusive para garantir a segurança da atividade.
O ideal é que seja praticada pelo menos três vezes por semana e com nível de água na altura dos ombros, pois, nessa altura, o peso corporal chega a diminuir até 90%.
A utilização de acessórios de apoio também deve ser indicada pelo profissional especializado. Os principais objetivos para uso desses materiais são: força, coordenação motora, equilíbrio e até mesmo diversão.
5. Restrições para a prática da hidroginástica:
Portadores de doenças renais e cardiopulmonares, de epilepsia ou que estejam fazendo radioterapia, entre outras condições especiais, são pessoas para as quais a hidroginástica é contraindicada pelos profissionais especializados. Assim como qualquer outra atividade física, é fundamental passar por uma avaliação médica e procurar um profissional da área para acompanhar os exercícios de hidroginástica e coordenar a evolução da atividade.
Caso o praticante adquira algum tipo de doença infecciosa, também é indicado suspender as atividades, para evitar o contágio dos demais praticantes.
Dica especial: cuidados antes e depois da hidroginástica:
1. Uso de touca: a maioria das pessoas não gosta, mas usar touca protege os cabelos dos danos causados pelo cloro da piscina. Uma boa dica é colocar a touca com os cabelos já molhados e com um pouco de creme para ajudar a touca de látex a deslizar melhor, pois isso ainda aumenta a proteção dos fios;
2. O professor deve ser especializado (educador físico ou fisioterapeuta).
3. Especial atenção aos movimentos de entrada e saída da piscina, para que não ocorram acidentes, especialmente entre idosos.
4. Observe as condições de higiene e de tratamento da piscina, e se o local exige exame dermatológico dos praticantes.
5. Nem jejum nem barriga cheia: alimentação leve pelo menos uma hora antes dos exercícios.
6. Beba bastante água.
7. Tome banho logo depois da hidroginástica, para retirar os resíduos de cloro.
8. Seque bem a pele para evitar fungos e micoses, especialmente nos pés e nas regiões íntimas.
9. Use sempre hidratante corporal para combater o ressecamento provocado pelo cloro.