Segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez adolescentes de 11 a 17 anos não se exercitam o suficiente. No Brasil, essa estatística é ainda maior: 84% dos adolescentes nessa mesma faixa etária são menos ativos do que deveriam. Os dados ainda indicam que não houve nenhuma melhora nesse sentido nos últimos 15 anos.

O relatório é resultado do primeiro estudo comparativo acerca da atividade física de adolescentes, lançado pela OMS na última quinta-feira (21). Os dados foram coletados em 2016 e analisaram 1,6 milhão de adolescentes em 146 países. A OMS também aponta que, nessa faixa etária, o ideal seria praticar, no mínimo, 60 minutos de atividade física moderada, cinco vezes por semana.

Enquanto 78% dos meninos praticam menos exercício do que deveriam, o percentual entre as meninas chega a 89%. Para especialistas, o resultado mostra que é preciso estimular atividades físicas que despertem o interesse de ambos os sexos, e também investir na criação de espaços onde as meninas se sintam seguras para praticar esportes.

 

Primeiros passos para o sedentarismo

Segundo a OMS, entre os motivos apontados para essa inatividade de adolescentes está o aumento do uso de dispositivos eletrônicos, como videogames, celulares e computadores. Especialistas ressaltam que houve uma grande revolução eletrônica nos últimos anos, razão pela qual os jovens estão mais envolvidos na recreação digital do que na recreação ativa, e isso deve ser combatido.

Outro motivo ressaltado por especialistas é a falta de estímulo para o exercício físico no ambiente escolar, que tem um papel fundamental na vida de jovens entre 11 e 17 anos. Esse problema requer investimentos das instituições não só em educação ou infraestrutura, mas também em políticas públicas de segurança e planejamento urbano. Isso quer dizer que espaços públicos, ciclovias etc. devem ser mais atrativos tanto para jovens como para adultos. 

 

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