De acordo com informações do site Sea Food Brasil, a primeira menção sobre a atividade pesqueira no Brasil foi relatada na carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei Dom Manuel I, no mês de abril de 1500. Ali ele descreve como os membros da tripulação portuguesa pescaram peixes e camarões na costa da Bahia.
Data desta época o alegado potencial brasileiro para a produção de pescado, segundo revela em pesquisa Emerson Raiol, atual assistente técnico do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Mapa e aluno da Pós Estácio. Até o ano passado, o internacionalista foi o responsável pela organização e gerenciamento dos pavilhões brasileiros nas principais feiras globais do setor.
Em 2017, ele converteu esta experiência em um trabalho de conclusão de curso do MBA em Gestão Estratégica em Comércio Exterior, na Universidade Estácio de Sá. Primeiro do gênero aplicado ao pescado, o estudo foi apresentado à universidade no ano passado e agora liberado para divulgação pela Seafood Brasil, como forma de complementar as discussões da reportagem de Capa da edição #23, já em circulação.
Ainda envolvido com a promoção internacional de diversos setores do agro, Raiol se propõe a discutir no texto a raiz da contradição entre nosso potencial e a efetividade participação do negócio internacional, colocando a promoção em eventos internacionais como questão central. “Por que o Brasil, apesar de seu potencial hídrico e costeiro para a pesca extrativa e aquicultura, ainda não se destaca entre os principais produtores e exportadores de pescado no cenário internacional?”, questiona.
A “pergunta de 1 milhão de dólares” é respondida ao longo de 102 páginas e envolve uma série de ações estruturantes da cadeia produtiva que se complementam com a projeção internacional do Brasil como um ator relevante no negócio mundial do pescado.
O trabalho apresenta um histórico das ações de promoção do pescado brasileiro nas principais feiras internacionais, os produtos promovidos, os resultados e as dificuldades das empresas nacionais, evidenciando a importância da participação do Brasil nessas exposições, para promover as exportações.
De acordo com Raiol, resta claro que o potencial pesqueiro e aquícola brasileiro é subaproveitado. “Ações envolvendo as áreas pública e privada podem explorar toda a capacidade do setor e melhorar a posição do Brasil, o colocando entre os principais atores internacionais de pescado”, afirma.
O especialista é neto de uma família de pescadores da cidade de Vigia (PA). Na dedicatória, menciona “todos os profissionais da pesca e aquicultura, que enfrentam diariamente as intempéries naturais, políticas e econômicas, para levar um pescado de qualidade à mesa do povo brasileiro.”
Confira a matéria completa, além de outros apontamentos trazidos através do trabalho de Emerson Raiol, no site da Sea Food Brasil.