O início do ano letivo está aí e toda a ansiedade com as aulas já começa a transparecer. Além disso tudo, existem ainda alguns cuidados que os pais devem ter na hora de montar a mochila dos estudantes.
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia, 70% dos problemas de coluna na fase adulta são frutos do peso e dos esforços repetitivos na infância e adolescência. Isso inclui o peso excessivo das mochilas escolares. De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, o INTO, essa bagagem não pode ultrapassar 10% do peso do corpo do aluno.
 
O tipo de mochila utilizada ou a forma como a mesma é levada também influencia em problemas de saúde. André Nogueira, fisioterapeuta especializado em ortopedia, traumatologia e esportes, diz: “o peso carregado nas mochilas também deve ser bem distribuído. Por exemplo, mochilas com uma alça só acarretam sobrecarga em um lado do corpo, podendo causar desvios posturais graves”.
 
Sintomas 
 
Neste contexto, os sintomas causados pelo excesso de peso são perigosos, como explica o especialista: “a dor, causada pelo excesso de peso, pode gerar complicações na qualidade de vida do estudante, afetando seu rendimento na escola, no esporte e nas atividades diárias. Em longo prazo, o aluno pode ter alterações posturais, tais como escoliose, hiperlordose e hipercifose”.
 
Uma das saídas para eliminar toda essa carga nas bolsas escolares é a criação de armários, nos quais possam ser depositados a maior parte dos livros e cadernos. Alguns colégios já oferecem esse recurso. 
 
Outra ideia é que os alunos façam uso de mochilas com rodinhas e tirem o peso das costas e dos ombros. O fisioterapeuta André Nogueira, lembra ainda que, em casos onde a mochila seja inevitável, o estudante deve estar atento à altura dela. “[Aconselho] levar apenas o material necessário para o dia de aula; evitar mochilas com apenas uma alça; e manter a mochila justa nas costas da criança, nunca na altura do bumbum ou pernas”, alerta o profissional. 
 
*Com informações do portal R7.