O Brasil é um dos primeiros países do mundo a alcançar o mais alto nível das seis medidas de combate ao tabaco estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde. A notícia foi divulgada na última sexta-feira (26), no Rio de Janeiro, durante o lançamento do Relatório da OMS sobre Epidemia Mundial do Tabaco. O resultado condecora o país como referência internacional no combate ao tabagismo. Esta sétima edição do informe mundial revelou que, entre os 171 que aderiram às medidas globais, apenas o Brasil se juntou à Turquia. Ambos os países implementaram ações governamentais que ocasionaram expressiva queda de consumo do tabaco.
Entre as medidas definidas pela OMS, as chamadas MPOWER de controle do tabaco, destacam-se monitoramento do uso, aumento de impostos sobre o tabaco, restrições na promoção e publicidade do tabagismo, advertências, oferecimento de ajuda no combate e proteção contra a fumaça. Dentro dessas medidas, cabe aos governos a adoção de regras para que os ideais sejam cumpridos.
No Brasil, a conquista de redução no consumo é resultado de uma série de ações do Governo Federal. Para proteger a população, a legislação antifumo foi aperfeiçoada ao longo dos anos a fim de se alinhar à Convenção-Quadro de Controle do Tabaco (CQCT), também da OMS.
Os perigos do tabagismo
A redução do tabagismo é considerada uma conquista, uma vez que o hábito é responsável por quase 100% das mortes por câncer de pulmão, 30% daquelas por outros tipos de câncer e 85% de óbitos por bronquite crônica e enfisema pulmonar. Fumantes também possuem maior predisposição ao desenvolvimento de hipertensão, aneurismas, infecções respiratórias e trombose, impotência sexual e infertilidade.
A OMS considera o tabagismo a maior causa de morte evitável no mundo. Estima-se que o cigarro e outros derivados do tabaco sejam responsáveis por cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil.
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