No último mês, foi registrado no estado de São Paulo um aumento de 303% nos casos de sarampo. No penúltimo boletim, divulgado em 7 junho pela Secretaria Estadual da Saúde, 51 casos haviam sido confirmados. No novo boletim, na última semana, o número subiu para 350.
Em contra partida aos números alarmantes, a campanha de vacinação contra o sarampo foi estendida em mais cinco cidades da Grande São Paulo: Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul. O objetivo é imunizar mais de 900 mil jovens e adultos entre 15 e 29 anos. Na capital, a campanha está acontecendo há um mês e terminaria nesta segunda (12), mas será estendida até 18 de agosto. Entretanto, a adesão do público-alvo ainda é baixa. Entre 2,9 milhões de habitantes nessa faixa etária, apenas 47 mil procuraram postos de saúde para a vacinação, equivalendo a apenas 1,6%.
De 206 casos no estado de São Paulo, 137 aconteceram na capital. Outras cidades que estavam livres da doença há anos também registraram ocorrências. Em São José dos Campos, um bebê de 11 meses foi o primeiro paciente diagnosticado com sarampo em 20 anos. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, jovens adultos correspondem a 47% dos casos, e nenhuma morte foi registrada. Autoridades reforçam que, embora a doença seja menos grave em adultos, a imunização é importante para evitar que o vírus do sarampo se espalhe.
O Brasil, que antes era considerado um país livre do sarampo, perdeu o certificado de eliminação da doença concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) após registrar mais de 10 mil casos em 2018. O surto de sarampo aconteceu principalmente nos estados de Amazonas e Roraima.
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