Entrar em um ambiente com ar condicionado durante o verão é, certamente, um alívio. Mas, por outro lado, se submeter à variações abruptas de temperatura pode gerar incômodo e problemas de saúde. Estas são conseqüências do choque térmico, situação a que o corpo fica exposto quando, por exemplo, se mergulha bruscamente na água gelada depois de muito tempo sob o sol.
 
Sair de um ambiente quente para um frio, ou vice-versa, exige que o organismo faça algumas adaptações para se adequar ao novo meio. Segundo o clínico geral Salomão Turek podem haver alterações da pressão arterial nesse processo.
 
Devido a mecanismos de circulação em vasos periféricos e centrais, a pressão sanguínea tende a cair quando a pessoa sai de um ambiente frio para o quente. Nesse caso, pessoas que já têm hipotensão podem ter a condição acentuada e sentir sintomas como mal estar e vertigem.
Em contrapartida, a pressão costuma aumentar quando o choque térmico é do quente para o frio. Assim, quem sofre de hipertensão pode ficar com a pressão ainda mais alta, o que eleva o risco de acidentes vasculares cerebrais e de outros problemas relacionados a picos hipertensivos.
 
Paralisia facial
 
O choque térmico também pode causar paralisia facial periférica, atingindo um dos lados do rosto. Mais associado à exposição ao frio, o problema surge quando a mudança brusca de temperatura leva a um processo inflamatório do nervo facial. 
Quem sofre de alergias respiratórias pode ter o quadro agravado pelo choque térmico, por causa do ressecamento das mucosas das vias aéreas.
 
Dicas de prevenção
 
Pouco sol e muita água: Beber líquido com frequência é fundamental.
Na praia e na piscina: O ideal é molhar pulsos, pés e rosto antes de mergulhar na água gelada.
Com o ar-condicionado: Regule o aparelho para a temperatura de 21 graus, que é agradável e fará com que a transição do quente para o frio seja menos impactante.
 
Com base em informações de O Globo.