Protagonismo juvenil e desenvolvimento de competências socioemocionais são os pilares do programa Círculos de leitura, que atua com jovens de escola pública de São Paulo e Ceará há 18 anos.
 
Pesquisa do Instituto Pró-Livro aponta que 44% dos brasileiros não lêem e 30% nunca compraram um livro. Nesse projeto, é a partir da literatura que os jovens são apresentados às demais expressões artísticas. Ler para sensibilizar, refletir e discutir é o lema.
 
Outro dado que mostra que a educação precisa se voltar para a leitura foi divulgado pelo Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), que faz levantamento com jovens de 15 a 16 anos. Dos cerca de 70 países pesquisados, o Brasil está na 59ª posição na área de leitura.
 
Criado pelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, o Círculos de Leitura teve seu piloto em 2000, quando trouxe a leitura – como forma alternativa à violência escolar – a um pequeno grupo de alunos da Escola Municipal Conforja, em Diadema. A cidade na época era uma das mais violentas de São Paulo.
 
Cronograma de tarefas
 
Durante as atividades, os alunos têm um resgate da tradição oral. Eles lêem em voz alta e discutem o tema do livro em grupo, sentados em círculo como o próprio nome do projeto insinua.
 
Dom Casmurro, de Machado de Assis, O pintor, a cidade e o mar, de Monika Feth, Otela, de William Shakespeare e O banquete, de Platão fazem parte das leituras. Passeios a museus e centros culturais também fazem parte do projeto.
 
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