De acordo com a Folha, em recente matéria divulgada, a educação EAD, que sempre teve tíquete-médio baixo, volta a ser opção neste momento em que a crise afetou a renda, e as condições do Fies para o aluno se deterioraram. Estudos da Hoper Educação mostram que essa modalidade de ensino ficou mais resistente à crise do que a educação presencial. Isso porque especialistas e profissionais das mais variadas áreas também estão aderindo a este sistema no aprendizado do conhecimento de uma forma mais completa e com mais autonomia.
 
Mas a nova movimentação de fusões e aquisições no setor de educação superior pode pressionar os valores das mensalidades, segundo especialistas. O fato é que uma pesquisa de 2016, do Departamento de Estudos Econômicos do Cade conclui que, embora os ganhos de escala permitam redução de custos, essa queda só será repassada ao consumidor na forma de diminuição de preços se o mercado "mantiver níveis razoáveis de rivalidade e possibilidade de entradas suficientes para estimular a concorrência e a distribuição".
 
O setor registrou um aumento significativo nos preços a partir de 2011 e que se intensificou, segundo William Klein, da Hoper, por dois fatores: a euforia da economia brasileira registrada nos últimos anos pelos incentivos do governo e o Fies, que levou muitas pessoas que estavam fora da educação a buscar um curso superior.