Agora, estudantes com surdez ou deficiência auditiva poderão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) através de vídeo-prova traduzida em Língua Brasileira de Sinais (libras). Os jovens ainda poderão contar com auxílio de tradutor-intérprete de libras ou de leitura labial na hora da prova, ambos disponíveis desde 2016.
Para desenvolver o novo modelo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o exame, teve a parceria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que já oferece essa opção em seus vestibulares.
Neste sentido, para realizar a vídeo-prova, a universidade elaborou o teste com dois simulados de sessenta questões de edições passadas do Enem. As perguntas, com diferentes níveis de dificuldade, foram então aplicadas em grupos de estudantes surdos, ou com deficiência auditiva, que aceitaram participar da pesquisa como voluntários.
Como resultado, o material está disponível online para quem quiser fazer o teste nesse formato. A diferença é que na vídeo-prova do estudo as respostas podem ser marcadas no próprio computador, enquanto no dia do Enem elas deverão ser repassadas para o cartão-resposta impresso, como fazem todos os participantes.
Vale ressaltar que o candidato que deseja fazer a vídeo-prova, deve escolher esta opção no ato da inscrição, que termina nesta sexta-feira. É preciso, ainda, anexar o laudo médico que comprove a deficiência auditiva ou surdez. O participante também tem direito a uma hora adicional para realização da prova, desde que solicite este benefício na inscrição.