Em comemoração ao Dia do Agricultor (28 de julho), a coordenadora e professora Sandra Rojas Dualibi, da Pós em Vigilância Sanitária e Qualidade de Alimentos, relata, através dessa entrevista especial, um pouco mais sobre cuidados e curiosidades que envolvem o universo dos alimentos. Acompanhe, na íntegra, e aplique essas boas práticas ao seu consumo diário, para uma alimentação cada vez melhor e mais saudável! 
 
Pós Estácio > Mesmo hoje, sabendo da crescente preocupação da maioria das pessoas a respeito da qualidade e da procedência dos alimentos, ainda não há muito critério quando o assunto é a compra. Se você pudesse sugerir, quais seriam os melhores locais para adquirir alimentos que fazem parte da dieta regular do brasileiro, como frutas, grãos, verduras e legumes?  
 
Sandra Dualibi > Para frutas, verduras e legumes, a validade no consumo é muito curta.  Assim, o ideal é que possamos escolher pelos produtos mais frescos, isto é, recentemente colhidos. Em algumas cidades, as feiras livres são as que oferecem essa condição. Mas também podemos considerar mercados de hortifrúti e ainda há a opção de produtos minimamente processados. Estes são limpos e higienizados, proporcionando maior tempo de validade. 
 
Pós Estácio > Em sua avaliação, a preferência por produtos orgânicos ou por aqueles que saem "diretamente da horta de casa" tem realmente aumentado? Cite as razões. 
 
Sandra Dualibi > Sim, o consumo está agregando a essas fontes de alimentos um fator “mais saudável”. Contudo, é importante conhecer essas fontes, principalmente quando se apresentam como alimentos orgânicos. Para obter essa comprovação, o consumidor deve conferir se a empresa ou os produtos são reconhecidos realmente nessa classificação. Há um selo nas embalagens ou na licença de venda da empresa identificando. Não basta virem diretamente da horta para serem orgânicos.  
 
Pós Estácio > A higiene é uma recomendação básica relacionada aos cuidados com alimentos. A água destinada para beber e preparar os alimentos precisa ser filtrada, retirando, assim, possíveis resíduos e verificando se ela é procedente de estação de tratamento. Comente, por gentileza, alguns outros cuidados básicos que podem evitar contaminação por meio da alimentação. 
 
Sandra Dualibi > Podemos usar como exemplo as hortaliças, frutas e legumes. Estes alimentos vêm do campo e alguns de contato direto com o solo, portanto, podem estar contaminados por micro-organismos presentes no solo ou mesmo no ambiente onde são cultivados. 
 
Nossa proteção é retirar esses possíveis contaminantes lavando rigorosamente as folhas, legumes e frutas, um a um, e posteriormente desinfetando-os com hipoclorito ou água sanitária recomendada para alimentos. Estes dois procedimentos irão reduzir a contaminação tornando o alimento seguro para seu consumo.
 
Pós Estácio > As boas práticas de higiene são fundamentais. Porém os alimentos estragam, não tem jeito. Então, no quesito conservação, você poderia dizer a melhor maneira de preservar queijos e laticínios, frutas e folhas?  
 
Sandra Dualibi > A vida útil dos alimentos depende da forma com que foram tratados e também de como serão conservados.
 
Os alimentos estragam porque temos no ambiente os micro-organismos deteriorantes, e estes, estão presentes em um ambiente limpo. Assim, devemos proteger os alimentos mantendo-os em baixa temperatura, isso também vale para queijos e laticínios. 
 
Já no caso das frutas e verduras, o ideal é mantê-las em um local seco, porque a umidade favorece a contaminação por fungos. Sua presença deixa sinais como o amolecimento dos alimentos e as colônias, que são os bolores visíveis. 
 
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Veja detalhes da  Pós em Vigilância Sanitária e Qualidade de Alimentos 
 
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