Hoje, 5 de junho de 2018, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Sediada na Índia pelo governo do país, em parceria com a ONU Meio Ambiente, a celebração tem como objetivo discutir sobre a necessária redução da produção de plástico no mundo. A data propõe medidas alternativas para diminuir o consumo dos produtos plásticos descartáveis, que afetam diretamente a saúde humana e animal. 
 
De acordo com a pesquisa publicada pela revista acadêmica Science Advances, em 2017, o mundo produziu 8,3 bilhões de toneladas de plástico em 65 anos e reciclou somente 9% desse total. E pode piorar. Com o aumento da exportação mundial de plástico impulsionada, principalmente, pelo boom na exploração de gás xisto nos Estados Unidos e a consequente queda no preço do gás natural líquido, a expectativa é que o mercado global absorva mais do produto. Sendo o plástico um produto pouco biodegradável, o não aproveitamento deste, acaba no seu descarte. E ele ocorre principalmente nos mares, oceanos e aterros, prejudicando a saúde dos animais marinhos e a natureza, de um modo geral. 
 
Plástico e seus malefícios para a saúde humana 
 
Estudos realizados pela Orb Media, empresa de jornalismo investigativo localizada em Washington, revelaram a presença de micropartículas de plástico em 93% das amostras de garrafa de plástico analisadas. Os efeitos dessas partículas ainda são desconhecidos, mas a OMS (Organização Mundial da Saúde) pretende avaliar os reais impactos no corpo humano.  
 
Quando se pensa no combate e é observada a experiência internacional, algumas iniciativas recentes mostram que os países estão buscando, através das políticas públicas, aliviar os impactos ambientais. Na União Européia foi aprovado, no dia 28 de maio de 2017, uma medida com o objetivo de retirar todos os produtos plásticos descartáveis dos supermercados e grandes varejos que possuem alternativas biodegradáveis. Dessa forma, itens como: canudos, cotonetes, copos e pratos plásticos devem ser trocados por mercadorias iguais, mas com materiais diferentes. Apesar do fato, organizações como a WWF e a Rethink Plastic acreditam que, mesmo sendo um avanço importante, ainda é preciso medidas mais drásticas para uma mudança real do panorama e do uso destes produtos, tendo em vista a situação de urgência em que se encontra o meio ambiente. 
 
Já no Reino Unido, a primeira-ministra britânica Theresa May anunciou, no dia 11 de janeiro de 2018, uma série de políticas para conter a produção do plástico. Algumas delas são: a criação de um corredor nos grandes centros varejistas com produtos livres de plástico em suas embalagens e uma nova taxação sobre as sacolas descartáveis. A partir de agora, todas as lojas, obrigatoriamente, devem cobrar os consumidores pelo o uso de sacos. Contudo, para o Greenpeace,  o plano ainda é muito simples, pois falta incluir o descarte obrigatório de garrafas PET nos supermercados, alternativa que vinha sido discutida anteriormente.  
 
No caso do Brasil, o debate evoluiu muito devido a iniciativas e mobilizações, tanto do governo quanto da sociedade civil. Em 2017, o governo federal anunciou oficialmente o seu apoio à campanha  Mares Limpos promovida pela ONU Meio Ambiente, que visa combater a poluição nos oceanos causada pelo consumo e produção de plástico. Ademais, campanhas que ensinam sobre o consumo consciente e a assinatura do Acordo Setorial de Logística Reversa de Embalagens, mostram que está acontecendo uma mudança significativa no país para tratar a situação.
 
Entretanto, mesmo com um cenário otimista, ainda é preciso avançar muito se o intuito é diminuir a quantidade de plástico contido nos mares do Brasil e no resto do mundo. Nunca é demais aprender sobre o tema, buscar soluções e mudar os hábitos. Caso seja um profissional da área, ou queira aprender mais a respeito desse campo de estudos, trabalhos e pesquisas, conheça os cursos de Pós-Graduação a Distância na área Ambiental da Estácio. 
 
Fonte: 
 
nacoesunidas.org 
 
noticias.uol 
 
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dw
 
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