Segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (24), pelo Ministério da Saúde nos primeiros seis meses deste ano, o país realizou 11,4 mil transplantes. Em cerca de seis anos o número de doadores de órgãos no Brasil aumentou 90%, passando de 1.350, em 2008, para 2.562, em 2013.
 
Ainda segundo o Ministério da Saúde, atualmente cerca de 56% das famílias entrevistadas em situações de morte encefálica aceitam e autorizam a retirada de órgãos para a doação. 
 
O Ministério acredita que os doadores podem aumentar ainda mais.
 
Os dados apontam que nos últimos seis meses 6,6 mil das cirurgias realizadas foram de córnea, 3,7 mil de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão) e 965 de medula óssea. Em 2013, foram realizados um total de 23.457 transplantes.
 
“Nós podemos dobrar o número de doadores se ampliarmos a adesão das famílias. Já chegamos a um patamar importante, mas é preciso avançar. Nós temos capacidade de diminuir ainda mais a lista de espera por transplantes, temos serviços estruturados em todo Brasil, com capacidade de fazer as cirurgias e de oferecer medicamentos”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante a solenidade de lançamento da nova campanha de estímulo a doação de órgãos em Brasília. 
 
Para ser um doador
Todos podem se declarar doadores. Mesmo sem deixar sua vontade documentada ou expressa em vida a decisão final recai sobre a família do possível doador, desde que tenha sido diagnosticada morte encefálica.
 
Existe ainda a possibilidade do doador vivo voluntariar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. A lei permite o procedimento sem autorização judicial quando os pacientes têm parentesco de até o quarto grau ou são cônjuges.