As dificuldades de aprendizagem são conhecidas entre os educadores como os problemas que não envolvem erros na abordagem educacional. Causas biológicas explicam, em partes, o surgimento das deficiências. Contudo, é errado associá-las apenas às causas fisiológicas, uma vez que conflitos sociais e familiares também estão incluídos. Entre as diversas dificuldades de aprendizagem, os exemplos mais conhecidos são a Dislexia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), porém as dificuldades que envolvem o aprendizado de matemática também merecem destaque, principalmente quando o cenário da disciplina no país não é o esperado.
Segundo os dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) publicados, em 2017, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 50% dos alunos no 3º ano do ensino fundamental apresentam insuficiência nos conhecimentos matemáticos. Os motivos para a estatística preocupante podem ser diversos, desde falhas no método de ensino, que pouco relaciona a disciplina com o cotidiano do aluno, até insuficiências em outras áreas do conhecimento como linguagem, leitura e escrita.
Além disso, o distúrbio de aprendizagem específico da matemática, conhecido pelo nome de discalculia, também deve ser considerado como causa das deficiências no ensino da disciplina no Brasil. Crianças com discalculia apresentam uma série de dificuldades no entendimento de conceitos, habilidade de cálculo, e uso de símbolos ou funções matemáticas. Caso o aluno não seja observado atentamente por professores e familiares, o problema pode passar despercebido e causar consequências no futuro, complicando o desenvolvimento pleno das capacidades intelectuais da criança.
A possível causa para o surgimento da discalculia ainda não é exatamente conhecida, entretanto, alguns fatores como genética, desenvolvimento e lesões no cérebro, também ajudam a explicar o seu surgimento.
Caso o estudante apresente incapacidade em identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, problemas com contagem, dificuldade em compreender palavras relacionadas à matemática, ou até mesmo não conseguir acompanhar o placar de um jogo de futebol, o cuidado e observação adicional devem ser realizados. Ademais, é importante lembrar que estes sintomas podem ser encontrados, tanto na pré-escola, quanto na faculdade e vida adulta.
Entretanto, mesmo com as recomendações descritas no texto, é sempre aconselhado para os profissionais de educação conhecerem mais a respeito do tema. Por isso, pensando na necessidade de formar pedagogos, professores ou estudantes na área de humanas em geral com as habilidades necessárias, o curso de Pós Graduação da Estácio “Dificuldades de Aprendizagem: Como Detectar e Como Atuar” encontra-se com as inscrições abertas.
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Fontes: