No mês passado, após a partida de futebol entre Botafogo e Internacional (vitória de 3 a 0 para o Internacional) o treinador do Botafogo até então, Marcos Paquetá, mencionou faltar atenção do time e pediu mais concentração para os próximos jogos. O comentário do técnico, apesar de não significar muito à primeira vista, reflete a abordagem incorreta dos treinadores relacionada à concentração dos atletas durante a competição ou treinamento. Contudo, conforme a competitividade aumenta, avaliar os aspectos mentais envolvidos no jogo é essencial na manutenção da performance do indivíduo.
Durante a prática esportiva, o estado mental do jogador é colocado sob forte pressão. Influências externas, como o barulho da torcida, avaliações de técnico ou analistas e a provocação da torcida adversária, podem retirar o foco na partida. Dessa forma, trabalhar atenção e concentração diariamente, antes de qualquer desafio, é parte relevante e até negligenciada no processo de treinamento.
De acordo com texto publicado pelo professor Doutor Flávio Rebustini, existem diversos enfoques para definir a atenção. Após a análise dos autores citados por ele, em conteúdo divulgado no Portal da Educação Física, é possível concluir que a atenção não é única, mas sim, composta por diferentes intensidades, tipos e processamentos. Portanto, o trabalho do psicólogo encarregado em examinar os atletas é complicado e demanda conhecimentos específicos.
Além disso, algumas dicas podem ajudar na manutenção do foco. Por exemplo, é sempre importante evitar pensar em erros do passado ou eventos futuros que podem ou não acontecer. Valorizar o presente é aconselhável. Ao mesmo tempo, a concentração só pode ser alcançada se o atleta pensar uma coisa de cada vez, ou seja, não podem existir diferenças entre o que o esportista pensa e aquilo que executa. É fundamental haver coerência nesse sentido, para que o atleta se sinta seguro e preparado e, desse modo, possa conciliar suas ações para obter resultados satisfatórios no esporte.
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Fontes: