O Novembro Azul foi criado para chamar a atenção para a saúde do homem. Muitas vezes negligenciado, pela falta de hábito em cuidar da própria saúde, o corpo do homem merece atenção.
Com esse objetivo, foi desenvolvido Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, que tem cinco eixos prioritários: acesso e acolhimento; paternidade e cuidado; doenças prevalentes na população masculina; prevenção de violência e acidentes; e saúde sexual e reprodutiva.
Dentre as doenças prevalentes na população masculina, está o câncer. O câncer é no Brasil a segunda maior causa de morte, e ações de promoção da saúde e detecção precoce são essenciais para reduzir a morbidade e mortalidade pela doença.
O câncer de próstata é o câncer mais incidente no homem (excetuando-se os tumores de pela não melanoma).
O principal fator de risco para o câncer de próstata é a idade. É um câncer mais frequente em indivíduos com mais de 65 anos (mas pode ser observado em pessoas com menos de 40 anos). Outro fator de risco significativo é a história familiar: indivíduos com pais, irmãos, e filhos com câncer de próstata apresentam aumento no risco, quando comparados à população em geral.
O Instituto Nacional do Câncer não recomenda o rastreamento (programa para detecção do câncer em população assintomática) para o câncer de próstata. No entanto, para homens que procuram os serviços à busca de prevenção, deve-se discutir os riscos e benefícios do acompanhamento com PSA e toque retal.
Os profissionais de saúde são fundamentais no controle da doença. Devem ser capacitados para reconhecer os sinais e sintomas de alerta da doença, para orientar a população e realizar o encaminhamento com agilidade.
Além disso, os profissionais de saúde devem orientar a população quanto às medidas de promoção da saúde que podem reduzir a ocorrência da doença: dieta com redução de gordura de origem animal, redução do sedentarismo, com adoção de atividade física regular, eliminar o tabagismo, manter o peso corporal em níveis adequados para a altura.
Nos cursos de graduação os cuidados na prevenção e tratamento do câncer de próstata não são discutidos, ou discutidos de forma superficial. Com isso, os profissionais devem buscar aprimoramento para que o conhecimento em Oncologia possa contribuir para a melhora da saúde da população.
Prof. Dra Erika Maria Monteiro Santos