O esporte adaptado começou a ser registrado por volta de 1900, quando surgiram algumas competições de esporte coletivo, para jovens portadores de deficiência auditiva. Após alguns anos, mas precisamente em 1920, algumas competições de natação e atletismo incluíram portadores de deficiência visual. Mas foi após a Segunda Guerra Mundial, que soldados começaram a voltar da guerra com mutilações, perda de sentidos, condições físicas e problemas mentais que a inclusão dos portadores de deficiência começou a ganhar formula e força.


Com uma evolução notável na Inglaterra e Estados Unidos, entre 1944 e 1952, o esporte ganhou espaço junto às Olimpíadas, e foi no ano de 1960 que tivemos o primeiro Jogos Paralimpicos, em Roma na Itália.


O Brasil começou a incluir o deficiente no esporte após dois brasileiros Sérgio Serafim Del Grande e Robson Sampaio de Almeida – ambos sofreram acidentes que resultaram na lesão medular – terem voltado dos Estados Unidos, depois de um período de reabilitação pelo esporte. Separadamente, mas porém juntos na inclusão, eles fundaram clubes voltados aos deficientes, Del Grande fundou o Clube dos Paraplégicos de São Paulo e Almeida fundou o Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro, ambos no ano de 1958.


Foi em 1972 que o Brasil teve sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos, que foi sediado na Alemanha. De uma maneira tímida, o Brasil levou uma delegação na modalidade de bocha, que resultou na evolução do esporte para os brasileiros e no ano de 1976, nas Paralímpiadas do Canadá, o Brasil ganhou sua primeira medalha. A partir daí foi só vitória, ganhamos 22 medalhas nas Paralímpiadas de Sydney e colocamos a nossa maior delegação (98 atletas) em Atenas, 2004.


Estima-se que hoje 10% da população brasileira com algum tipo de deficiência pratica esporte. Esse número tende a crescer principalmente por sermos sede da próxima Paralímpiadas em 2016 no Rio de Janeiro, avançando ainda mais o espaço que o deficiente merece perante a sociedade e principalmente a vida.