Entre os métodos utilizados para garantir melhor desenvolvimento linguístico dos jovens, a educação bilíngue tem adquirido destaque pela contribuição no ensino de línguas estrangeiras. Em vista de mudanças no mundo devido à globalização, escolas com presença de mais de um idioma no conteúdo ensinado passam a figurar entre tendências nos próximos anos. 
 
O que é a educação bilíngue? 
 
Uma escola para ser considerada bilíngue deve ensinar a língua estrangeira em diferentes disciplinas contidas no currículo escolar. Ou seja, não basta apenas ter a matéria de inglês, é preciso explorar a dupla linguagem em outras aulas, como as de matemática, história, geografia e etc.
 
O conceito por trás da ideia é proporcionar aos alunos o desenvolvimento na fala de outros idiomas desde cedo, ao mesmo tempo que explora a cultura do país da língua ensinada. E o objetivo é simples: tornar os estudantes aptos à estabelecer uma comunicação competente na segunda língua.
 
De acordo com o especialista da Universidade de Jyväskylä, e referência internacional no assunto, o PHD David Marsh, a carga horária no idioma não precisa ser extensa, apenas 10% do tempo gasto na escola é necessário. Seguindo esse critério, em uma criança de cinco anos, os resultados já são satisfatórios. 
 
A principal crítica em relação ao modelo envolve a confusão dos alunos com a mistura das duas línguas. Os pais acreditam no provável atraso no processo de alfabetização do aluno. Uma das fundadoras da OEBi (Organização das Escolas Bilíngues), Ana Paula Mariutti, esclarece que este argumento é um mito. Nas palavras da educadora “há muitos países em que toda a população toda aprende mais de uma língua – como Canadá e Suíça – e não há essa confusão”.
 
Ainda segundo Ana Paula, o que de fato acontece é o chamado code mixing – período de mistura dos dois códigos até a acomodação da criança na troca de ambos os idiomas – mas, é um período natural e passageiro, sem impactos no desenvolvimento educacional do estudante.
 
 Os benefícios desse método de ensino:
 
Estimula a tolerância com as demais culturais, além de ensinar a importância de existirem mais de uma maneira de enxergar uma mesma palavra. 
Abre oportunidades na carreira e evolução profissional. Hoje, falar no mínimo inglês é pré-requisito para alcançar determinados cargos. No caso de fazer intercâmbio, a habilidade com outros idiomas será útil nas mais diversas situações. 
Melhora a capacidade de concentração e raciocínio, devido ao esforço necessário para transitar de um idioma para o outro.  
Auxilia no desenvolvimento da criatividade, porque fornece ao aluno novas formas de enxergar o mundo.
 
Como funciona este modelo no Brasil:
 
Apesar desta opção de ensino não ser nova, nos últimos anos o país vêm crescendo no número de escolas privadas e públicas. Redes e sistemas de ensino internacionais já oferecem os seus serviços com materiais didáticos e treinamentos para os profissionais das instituições educacionais. 
 
Contudo, ainda não existe uma regulamentação nacional direcionada ao ensino de duas línguas. Ou seja, na prática, as escolas não precisam seguir parâmetros estabelecidos legalmente para se declarar como bilíngue. Os critérios da OEBi definem a necessidade de disponibilizar uma carga horária mínima de 75% do idioma estrangeiro no ensino infantil e 25% no ensino médio, o que não é exigido na atual legislação. 
 
Existe também a importância de contratar professores qualificados, com o conhecimento necessário, tanto na disciplina como no idioma estrangeiro ensinado. Por isso, é importante – diante dos requisitos profissionais necessários na área -, formar profissionais aptos a atender todas as demandas exigidas por este nicho de mercado. 
 
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Fontes utilizadas como referência no texto 
 
G1 Globo
Novos Alunos 
Folha de Sp
Builders Educação