Você sabe quantos enfermeiros existem no Brasil? Na contagem do Conselho Federal de Enfermagem o número de profissionais em Abril de 2022 é de 2.659.107 enfermeiros — e tem aumentado continuamente.
Para você ter uma ideia, de acordo com o relatório “Perfil da Enfermagem no Brasil”, uma pesquisa encomendada pelo Cofen e feita pela Fiocruz em 2015, havia no Brasil um total de 1,6 milhão de profissionais da enfermagem, incluindo enfermeiros, técnicos e auxiliares — sendo que apenas 20% eram enfermeiros.
Ou seja, em apenas 7 anos, mais de 2 milhões de enfermeiros entraram no mercado. Um crescimento que se intensificou muito durante a pandemia de Covid-19.
O ritmo de crescimento da enfermagem deve superar a previsão feita pela OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde de que haveria 3,2 milhões de enfermeiros no Brasil em 2030 — como informa o artigo O Estado da Enfermagem no Brasil.
Embora pareça alto, ainda há muito espaço para crescimento do número de enfermeiros no Brasil.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, faltam 6 milhões de enfermeiros em todo mundo. O índice de enfermeiros no Brasil fica acima da média mundial e é equivalente ao de países ricos. No entanto, as regulações e condições de trabalho dos profissionais de enfermagem aqui ainda estão abaixo, inclusive, de muitos países africanos.
Uma das razões para a falta de regulação e condições de trabalho ruins deve-se ao fato de que a grande maioria dos profissionais de enfermagem é generalista, sem nenhuma especialização.
Um enfermeiro que conta apenas com sua graduação tem menor salário, reduzidas possibilidades e pouco poder de negociação.
Entre os enfermeiros pós-graduados, os que conquistam as melhores condições de trabalho são aqueles que têm uma especialização numa área que tenha grande demanda e que exija alto nível de desempenho.
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Os profissionais mais valorizados e bem remunerados são aqueles que fazem e sabem o que a maioria não sabe e nem é capaz de fazer.
Quantos enfermeiros estão capacitados para atenderem pacientes em estado grave? Quantos sabem receber e avaliar pacientes críticos que chegam à Unidade de Emergências Clínicas e Cirúrgicas?
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