Dia 2 de julho é considerado o Dia Nacional do Hospital, por conta da inauguração do hospital da Santa Casa de Misericórdia de Santos, em São Paulo, em 1945. Uma grande tendência dentro de hospitais é, sem dúvida, o atendimento humanizado. Vamos descobrir mais sobre o assunto? 
 
Segundo o Ministério da Saúde, “a humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de produção de saúde”.
 
A prática humanizada na área da saúde quer dizer, em termos gerais, a ampliação do vínculo e da relação entre profissional da saúde e paciente, em que todos os envolvidos, desde a gestão hospitalar até a equipe de enfermagem, fisioterapia e nutrição, por exemplo, devem estar preparados para lidar com as situações do dia a dia no hospital, com foco em tornar os processos de atendimento mais humanos e próximos.
 
Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), alguns indicadores do atendimento humanizado são:
• A base do tratamento é a ética profissional.
• Quando as individualidades são respeitadas durante o tratamento, existe respeito com as diferenças.
• A empatia, a atenção e o acolhimento são prevalecentes durante o atendimento/tratamento do paciente, estendendo-se à família. 
• A escuta é atenta e o olhar é sensível para as questões do paciente, considerando também o seu estado emocional, sem reduzi-lo ao seu diagnóstico.
• A confiança, o apoio e a segurança são palavras que guiam o atendimento.
• Infraestrutura adequada à necessidade de cuidado e tratamento. 
 
Então, as práticas da saúde passam a ter um caráter que orienta, escuta, acolhe e acompanha todo o processo de atendimento e de tratamento

A importância da humanização hospitalar

Promover o acesso a atendimento e tratamento humanizados garante aos pacientes que suas demandas emocionais e existenciais sejam atendidas, uma vez que ele é tratado como um sujeito por inteiro, e não só como uma estatística.
 
Para além disso, a humanização hospitalar também considera o profissional de saúde e suas necessidades; por isso, podemos dizer que a humanização pode colaborar para uma melhora nas condições de trabalho. 
 
Além disso, a humanização em hospitais, principalmente da rede pública, possibilita diversos benefícios e vantagens.
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Gestão de Saúde Pública e tratamento humanizado durante a pandemia

Em tempos de pandemia do novo coronavírus, a humanização se faz mais do que necessária, pois temos pacientes que apresentam grande vulnerabilidade emocional, bem como equipes de profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas) que estão na linha de frente, trabalhando em situação exaustiva e de risco. 
 
Um bom exemplo da implementação do atendimento humanizado durante a crise de Covid-19 é a Santa Casa de Sorocaba, como aponta o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), em que uma enfermeira, especialista em gestão de saúde, colaborou para a prática da humanização da UTI.
 
Prezar pelo atendimento humanizado aos pacientes e pela valorização das equipes de saúde é um jeito de agir contra o novo coronavírus. 
 
“Todas as atividades realizadas dentro de um ambiente hospitalar requerem um olhar diferenciado de educação, gestão, liderança e assistência. O cuidado de pessoas exige um atendimento especial, um olhar empático, e também muita evidência científica, muito estudo e dedicação. A equipe se aprimora a cada cuidado, a cada dia, buscando atualização de conhecimento, e sempre focada em fazer as melhores práticas de saúde. É com muito orgulho que trabalho capacitando e desenvolvendo pessoas com ciência e amor.” comenta a professora da Pós Estácio Maria Aurélia. 
 
Portanto, o profissional especializado em Gestão da Saúde Pública, seja ele enfermeiro, fisioterapeuta ou nutricionista, pode contribuir, e muito, para que o atendimento em hospitais públicos esteja cada vez mais alinhado com as propostas de humanização, promovendo uma maior eficiência nos tratamentos e na recuperação dos pacientes.