Uma publicação assinada pelo Ministério da Saúde recentemente aponta, ou ao menos sugere, estagnação do sobrepeso e obesidade nas capitais do país. As justificativas repousariam em:
 
* Aumento de 4,8 % no consumo regular de frutas e hortaliças (de 2008 a 2017),
* Aumento de 24,1 % na prática de atividade física no tempo livre (de 2009 a 2017),
* Diminuição de 52,8 % do consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas (de 2007 a 2017).
 
Os fatos
 
Em período cronologicamente emparelhado a obesidade e o excesso de peso aumentaram na média entre todas as faixas etárias 60% e 26%, respectivamente. O resultado é que um em cada cinco brasileiros encontra-se obeso (IMC > 30) e mais que 50% com sobrepeso (IMC 25-29,9 Kg/m²). 
 
O consumo de frutas sob a cartesiana abordagem calórica é refutado nas clássicas cartilhas alimentares. Hortaliças e suas fibras inabsorvíveis servem à nossa microbiota para prover importantes substâncias à nossa circulação, as quais entre tantos outros predicados ajudam no “desvio” da rota engordativa.
 
São extraordinários os benefícios gerados por substâncias liberadas a partir da musculatura nos exercícios físicos, sejam na aura psíquica ou orgânica (em absolutamente todos os sistemas). Mas, de maneira alguma modificarão o protocolo da sobrevivência humana e toda a caloria gasta será devolvida. E ponto.
 
No entorno do início deste século um terço do açúcar consumido por americanos originava-se de refrigerantes. A América encarou (e encara) o desafio de manter o consumo dos mesmos, porém, lhes subtraindo as calorias. Em 2010, perto da metade dessas bebidas comercializadas nos Estados Unidos era diet (light), mas a curva de crescimento ponderal daquele país não oscilou.
 
Tais mudanças de hábitos seguramente conjugam-se a melhoras em índices e perspectivas futuras de saúde e obrigatoriamente devem sempre ser estimuladas, porém, aceitá-las como pilar no trato dessa tragédia epidemiológica é excesso de complacência e desdém com suas vítimas.
 
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