O Vinho Tinto é umas das bebidas alcoólicas mais antigas do Mundo. Estudos mostram que o processo de vinificação da uva começou no Egito, por volta de 2000 a.C. Já na época o vinho era considerado um remédio, além de ser saboreado pela realeza e as classes mais altas.
Tempos depois, o vinho chegou à Grécia Antiga, quando foi apreciado por todo o espectro da sociedade e se tornou um tema popular na literatura, religião, lazer, medicina e mitologia.
Para Hipócrates (460 a.C. – 377 a.C.), considerado e referenciado com pai da medicina ocidental, o vinho era considerado como parte de uma dieta saudável. A bebida era usada por ele em seus pacientes, para aliviar a dor durante o parto e para os sintomas de diarreia.
Após anos de estudos e evolução da ciência dos alimentos, o vinho é considerado pelos nutricionistas um alimento funcional, por conter elementos que auxiliam no combate a diversas doenças, tais como diabetes, hipertensão, cardiopatias e, até mesmo, o câncer. O Vinho Tinto, consumido com moderação, é benéfico para se ter um coração saudável, isso porque o álcool e certas substâncias no vinho tinto, chamados antioxidantes podem ajudar a prevenir doenças cardíacas por aumentar os níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL) colesterol (o colesterol bom) e proteger contra danos nas artérias.
Quem não gosta de um copo de vinho tinto durante as refeições noturnas ou até mesmo quando cozinhamos os alimentos, adicioná-los em seu preparo? Os médicos já possuem certo receio no incentivo ao consumo, pois o álcool contido na bebida pode causar dependência, além de causar muitos efeitos nocivos sobre o corpo, se consumido em grande quantidade e sistematicamente.
Muitas pesquisas sobre os benefícios de algumas bebidas alcoólicas estão sendo feitas, e ainda não se pode concluir que o vinho seja melhor que outras bebidas para a saúde, porém, é possível que os antioxidantes presentes no vinho, como flavonoides ou uma substância chamada resveratrol, tenham benefícios saudáveis para o coração.
Resveratrol no vinho tinto
Resveratrol pode ser um ingrediente-chave no vinho tinto que ajuda a evitar danos aos vasos sanguíneos, reduz a lipoproteína de baixa densidade (LDL) colesterol (o colesterol ruim) e impede a formação de coágulos sanguíneos.
Apesar das pesquisas sobre o resveratrol terem sido feita somente em animais, não em pessoas, o resultado foi positivo e significativo em ratos e suínos, que sugere que o anti-oxidante pode também ajudar a protegê-los contra a obesidade e diabetes, as quais são fortes fatores de risco para a doença cardíaca.
Em países produtores dos melhores vinhos do Mundo, como a França, onde o consumo é feito com moderação durante as refeições noturnas, o índice de mortalidade da população por doenças do sistema cardiovascular corresponde a cerca de um terço da mesma taxa observada nos Estados Unidos, mesmo que os números do nível de colesterol alto sejam os mesmos.
Mais uma vez, a ciência dos alimentos está ao nosso favor.
E você, já decidiu qual garrafa vai abrir para o jantar?