Segundo o próprio Ministério da Saúde, o governo de Roraima anunciou recentemente  que oito casos de sarampo foram confirmados no Estado — 29 ainda estão sob investigação. O Brasil recebeu, em 2016, o certificado de eliminação da doença pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mas o vírus voltou com a recente chegada de venezuelanos ao país — e, principalmente, graças à baixa cobertura vacinal nos Estados e municípios.
 
“Essas pessoas estão saindo de um país em que o sistema de saúde está falido, onde não se consegue fazer a vacinação de rotina”, diz o infectologista Jessé Alves, coordenador da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). “As autoridades [brasileiras] de saúde precisam dar suporte para essa população e os brasileiros têm de entender que precisam estar protegidos para interromper essa cadeia de transmissão do vírus”, completa.
 
Alves também traçou um panorama da cobertura vacinal no Brasil: Ela é heterogênea, mas dados do Ministério da Saúde mostram que a cobertura da segunda dose é em torno de 76%, como média no país — uma cobertura baixa. A meta é chegar aos 95% da segunda dose.
 
Por se tratar de uma vacina com vírus vivo atenuado, a primeira dose deve ser aplicada em crianças a partir dos 12 meses de vida, e a segunda, a partir dos 15 meses. O Ministério da Saúde recomenda que adultos até 29 anos tomem a segunda dose, caso não tenham terminado o esquema vacinal. Já adultos entre 30 e 40 anos precisam de apenas uma única aplicação.
 
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*Com dados de Veja e O Globo.