Nos quase oito mil quilômetros de litoral brasileiro há uma lista generosa de praias que proporcionam vistas inesquecíveis para os veranistas que procuram diversão, descanso ou apenas um bom local para repor as energias no fim de ano. Porém, em época de altas temperaturas e umidade elevada – condições preferidas do Aedes Aegypti – os turistas devem redobrar os cuidados, até quando se está com os pés na areia, de frente para o mar.
 
O risco de contágio em cidades litorâneas é o mesmo que em centros urbanos. Porém, é na praia que as pessoas costumam ficar com a pele mais exposta. A dica mais importante é a tríade: prevenir, eliminar e proteger. Quem costuma usar a casa na praia apenas na alta temporada deve fazer uma vistoria rigorosa em busca de possíveis focos do mosquito antes mesmo da chegada do restante das pessoas que vão usufruir do espaço. 
 
Os veranistas também devem ficar atentos ao uso de repelentes dermatologicamente testados. Eles devem ficar dentro da bolsa, assim como o protetor solar, para serem utilizados sempre que necessário. A reaplicação nas áreas expostas da pele é feita de acordo com as instruções da embalagem. Já os inseticidas, garantem a segurança dentro de casa e outros ambientes fechados. Hoje, o mercado oferece opções sem cheiro, que são menos tóxicas e igualmente eficazes no combate do mosquito.
 
Saiba mais sobre as 4 doenças que podem ser transmitidas pelo mosquito: 
 
1. O zika vírus: Após a picada do mosquito, a doença pode ou não se desenvolver. Os sintomas são febre, erupções avermelhadas em todo o corpo, conjuntivite, mal estar geral, artrite nas mãos e pés. Também podem acontecer, em alguns casos, diarréia e dor nos olhos. Os sintomas normalmente desaparecem em 5  a 7 dias. 
 
Estuda-se a relação entre o aumento de bebês com microcefalia nas áreas afetadas pelo zika vírus. O vírus, cuja origem é Uganda (África) cruzou o continente americano e já se converteu num pesadelo, sobretudo em países como o Brasil e Colômbia, onde o zika vírus já pode ser considerado uma epidemia. 
 
2. A dengue: Essa doença transmitida pelo mesmo mosquito manifesta alguns sintomas muito similares aos do zika vírus. No início aparecem febre e dores musculares. No entanto, no caso da dengue a febre é muito alta e as dores nas articulações muito fortes, quase insuportáveis em alguns casos. Entre seus sintomas se encontram náuseas e vômitos, dores muito fortes de cabeça e uma dor localizada atrás dos globos oculares. 
 
3. A chikungunya: As dores que aparecem na chikungunya são consideradas insuportáveis. De fato, o seu nome vem de uma palavra africana que significa ‘dobrar-se de dor’. Os primeiros sintomas chegam uns 3 ou 7 dias depois da picada. Além dessas terríveis dores nas articulações, também acontecem náuseas, febre alta e erupções cutâneas em forma de brotoejas de cor púrpura que coçam muito. A diferença das outras três doenças é que os gânglios linfáticos se inflamam e pode sangrar o nariz. O mal desse vírus é que seus efeitos duram meses, inclusive pode se converter em dores crônicas nas articulações. 
 
4. Febre amarela: Esta doença afeta, sobretudo países da África, América Central e América do Sul. Os sintomas levam o paciente a sofrer febre, dores nas costas, calafrios, cefaléias, náuseas e perda de apetite. Se a doença se agravar pode aparecer icterícia e vômitos e sangramentos internos e das mucosas. Para a febre amarela, já existe vacina.