O uso de máscaras é eficaz para evitar o contágio de vírus que transmitem doenças? 

Durante surtos e epidemias, é comum ver pessoas usando máscaras cirúrgicas nas ruas, a fim de se proteger de vírus. A prática de usá-las para a prevenção de infecções é popular em diversos países. Na China, além de proteger contra os altos níveis de poluição, ela vem sendo usada em meio ao atual surto de coronavírus.

Entretanto, virologistas são céticos em relação ao uso e à eficácia dessas máscaras contra bactérias e vírus que são contraídos pelo ar. Ainda assim, há evidências que sugerem que esses equipamentos podem prevenir as transmissões de micro-organismos das mãos para a boca.

 

O uso das máscaras cirúrgicas

Máscaras cirúrgicas começaram a ser adotadas em rotinas hospitalares no fim do século XVIII, mas só passaram a ser usadas pelo público geral para evitar epidemias da gripe espanhola em 1919, quando mais de 50 milhões de pessoas foram vítimas da doença.

Especialistas afirmam que as máscaras cirúrgicas são ineficientes contra vírus e bactérias que circulam no ar, porque são muito frouxas, não têm filtro de ar e deixam os olhos expostos. Contudo, elas podem ser úteis por minimizar o risco de contrair um vírus por meio de espirros e tosses, além de evitar a ocorrência de contaminação pelo contato direto entre a mão e a boca.

De acordo com Jonathan Ball, professor da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, um estudo bem controlado realizado em um hospital mostrou que máscaras de rosto do tipo respirador são boas para prevenir infecções pelo vírus influenza. No entanto, estudos que tratam a eficácia de máscaras na população em geral mostram que elas são menos eficientes.

Segundo o professor de pós em Fisioterapia Cardiopulmonar da Pós Estácio, Prof. Esp. Felipe Almeida, medidas simples de higiene das mãos são tão eficazes quanto o uso de máscaras cirúrgicas. Cobrir a boca durante espirros, lavar as mãos e não tocar a boca e os olhos são ações que podem ajudar a diminuir o risco de contrair qualquer vírus respiratório.

 

O que se sabe sobre o vírus que se espalhou pela China?

Os coronavírus são um grupo de vírus conhecido desde meados dos anos 1960, mas a origem do tipo encontrado na China ainda é desconhecida pela ciência, e esse vírus vem causando surtos de doença pulmonar grave em centenas de chineses, tendo levado mais de 80 deles a óbito até o momento. A doença já foi detectada nos Estados Unidos, Taiwan, Japão, Coreia do Sul e Macau.

O vírus causa febre, tosse, falta de ar e dificuldade para respirar. Em casos extremos, pode evoluir para pneumonia e síndrome respiratória aguda grave ou causar insuficiência renal.

Os casos estão sendo associados ao mercado de frutos do mar da cidade de Wuhan, na China. Autoridades chinesas afirmam que há casos de transmissão do vírus entre uma pessoa e outra, envolvendo inclusive profissionais de saúde que foram infectados por pacientes.

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