O acidente vascular cerebral (AVC) está entre as doenças mais incapacitantes, e é a principal causa de morte entre adultos no Brasil. Isso acontece porque, durante a obstrução ou rompimento de artérias cerebrais, a região do cérebro deixa de receber sangue e oxigênio, entre outros nutrientes essenciais para o seu funcionamento. A interrupção desse suprimento pode gerar danos irreversíveis e comprometer funções diversas, como fala, visão e controle dos membros superiores e inferiores. Uma vez que a comunicação entre o corpo e o cérebro é afetada, a transmissão de comandos entre ambos deixa de acontecer.

Existem diversas complicações que acometem a vida do paciente após um AVC, como problemas na locomoção e no controle motor, comprometendo a qualidade de vida e a independência pessoal, e perda de partes da memória. É comum, também, que os músculos responsáveis pela deglutição sejam prejudicados, afetando as condições para alimentação.

 

Reabilitação pós-AVC por meio da fisioterapia

A fisioterapia pós-AVC busca, com a assistência de uma equipe multidisciplinar, recuperar os movimentos perdidos e resgatar a qualidade de vida do paciente, tendo como principal objetivo devolver ao paciente sua capacidade motora e cognitiva.

As diretrizes de tratamento do AVC ressaltam que o profissional fisiatra, responsável pela reabilitação do paciente vítima de AVC, atue desde o momento chamado ictus, durante o início do quadro agudo, quando a musculatura do corpo ainda está maleável e hipotônica. Isso significa que o médico responsável tem até 72 horas para pedir uma avaliação completa ao fisiatra, o qual consegue fazer um prognóstico da gravidade de sequelas e já estipular um projeto de reabilitação.

Uma das técnicas de reabilitação empregadas é a fisioterapia aquática, recurso terapêutico realizado em piscinas, que utiliza técnicas específicas e tem o objetivo de reabilitar os distúrbios funcionais e prevenir agravos, preservando funções que não foram comprometidas. Essa técnica está fundamentada nos princípios de flutuação, densidade, pressão hidrostática e viscosidade, e proporciona o estímulo de diversos sentidos.

Apesar do trabalho fisioterápico intenso, alguns pacientes podem apresentar melhoras mínimas, pois nem sempre as sequelas causadas pelo AVC não reversíveis. Além da reabilitação fisioterápica, é necessário que o paciente tenha acompanhamento psicológico para que seja amparado durante o processo de aceitação de sua nova vida e limitações.

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