HIV e Aids são assuntos que ainda geram certos preconceitos na população, talvez pela desinformação sobre o vírus e a síndrome. Por isso, hoje viemos falar um pouco sobre a temática: o que é, estágios, transmissão e prevenção, entre outros tópicos.
 
Antes de mais nada, vamos a alguns dados mundiais, segundo a Unaids:
• Até o fim de 2019, havia 38 milhões de pessoas vivendo com o HIV.
• Em 2019, houve 1,7 milhão de infecções pelo HIV, o que representa uma redução de 40% desde 1998.
• Até o fim de 2019, 25,4 milhões de pessoas infectadas pelo HIV tinham acesso à terapia antirretroviral.
• Em 2019, 690 mil pessoas morreram em decorrência de doenças relacionadas à Aids. Assim, a mortalidade relacionada à doença diminuiu 39% desde 2010.

O que é HIV e Aids?

HIV é a sigla para o vírus da imunodeficiência humana, um vírus que afeta o sistema imunológico, que é o responsável pela defesa do nosso organismo.
 
Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV; portanto, se uma pessoa contrai o vírus, terá que viver e lidar com ele para sempre.
 
Segundo informações no site da Unaids: “Sem o tratamento antirretroviral, o HIV afeta e destrói essas células específicas do sistema imunológico e torna o organismo incapaz de lutar contra infecções e doenças. Quando isso acontece, a infecção por HIV leva à Aids [Síndrome da Imunodeficiência Adquirida]”.
 

Estágios do HIV

Segundo a Unaids, o HIV pode ser transmitido durante qualquer um dos seguintes estágios:

1. Infecção aguda

Nessa fase, entre 2 e 4 semanas após a infecção pelo HIV, pode haver alguns sintomas parecidos com o da gripe. De todo modo, nem todo mundo desenvolve essa fase ou apresenta sintomas. 
 
Essa fase é conhecida como síndrome retroviral aguda (ARS) ou infecção HIV primária. Nesse momento, a capacidade de transmissão da doença é maior do que nas outras fases, justamente porque é a fase com a maior quantidade de vírus no sistema.

2. Fase assintomática – Latência Clínica

Essa é a fase de infecção HIV assintomática ou infecção HIV crônica. Nesse estágio, o HIV está ativo, mas se reproduz em níveis baixos.
Como tratamento de uma terapia antirretroviral (ART), as pessoas com HIV podem seguir nessa fase por anos.

3. Aids

Já nessa fase, que acontece quando o sistema imunológico está comprometido e danificado, a pessoa entra em um estado de vulnerabilidade para infecções e cânceres relacionados a infecções. 
 
Uma vez que houve a evolução do HIV para a Aids, sem o tratamento devido, a expectativa de vida é de 3 anos. Por isso, o diagnóstico precoce, o tratamento e o acompanhamento médico de uma equipe multidisciplinar são imprescindíveis. 
 
Essa equipe pode ser formada por médicos especializados; por enfermeiros especializados, por exemplo, em Enfermagem e Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) ou em Farmácia Clínica em Infectologia; por psicólogos, entre outros profissionais da saúde.

Transmissão do HIV

A transmissão do vírus se dá por meio da sua penetração no organismo da pessoa, que pode ocorrer pelo contato com sangue, esperma, leite materno e secreções vaginais contaminados. Essas são as formas pelo qual o HIV é transmitido:
 
• Relação sexual sem proteção, tanto hetero quanto homossexual (o vírus não escolhe orientação sexual).
• Compartilhamento de seringas.
• Acidentes com objetos cortantes infectados.
• Transfusão de sangue contaminado.
• Transmissão vertical da mãe para o filho, durante a gestação, o trabalho de parto ou a amamentação.
 
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Vale lembrar que existem algumas formas por meio das quais o HIV não é transmitido, como: beijo, abraço, aperto de mão, compartilhamento de copos e talheres, sauna ou piscina. 
 

Diagnóstico e tratamento do HIV/Aids

Para ter um diagnóstico preciso da infecção pelo HIV, deve ser realizada a testagem por meio da sorologia anti-HIV e testes rápidos, por exemplo. Você consegue informações sobre onde fazer o teste de HIV na rede pública de saúde pelo site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
 
Até o momento, não existe cura para a infecção por HIV; porém, existe a possibilidade de tratamento por meio da terapia antirretroviral (ART), que prolonga a vida das pessoas infectadas e diminui as chances de transmissão da doença.
 
Contudo, o importante mesmo é que haja um diagnóstico precoce, para que os cuidados médicos e o tratamento possam ter maior efeito. É por isso que a realização de testes periódicos e de acompanhamento médico é tão importante. 
 
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Prevenção do HIV/Aids

Segundo o Ministério da Saúde, prevenir-se do HIV/Aids é possível por meio de ações como estas:
 
• Utilizar preservativo em todas as relações sexuais.
• Não compartilhar itens como agulhas, seringas, cachimbos ou canudos.
• Ao fazer uma aplicação de tatuagem ou piercing, atentar aos materiais, que devem ser individuais e esterilizados.
• Os materiais também devem ser esterilizados em locais como barbearias, manicures e clínicas odontológicas.
• Realizar corretamente o pré-natal, em casos de gravidez.
• Realizar exames regularmente para detecção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
 
Segundo César Núñez, diretor regional do Unaids: “Se podemos aprender uma lição importante sobre o que enfrentamos hoje no século 21 em relação à epidemia de COVID-19, essa lição certamente está relacionada à solidariedade global e à responsabilidade compartilhada. Exatamente a mesma lição que temos em nossas mentes, livros de história e vidas pessoais sobre a Aids”.