Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 15 mil novos casos de câncer bucal são diagnosticados anualmente no país, o que torna a doença um problema de saúde pública. Este tipo de câncer atinge, na maioria dos casos, homens acima de 40 anos. Essa faixa etária de diagnóstico é justificada de acordo com os fatores de risco e perfil dos portadores da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, os principais fatores de risco desse câncer incluem:

– Tabagismo: 90% dos pacientes com câncer de boca eram tabagistas;

– Álcool: o alcoolismo também está diretamente associado ao desenvolvimento do câncer de boca e eleva seu risco;

– HPV (papiloma vírus humano): o subtipo 16 do vírus também está relacionado ao câncer bucal; e

– Radiação solar: demasiada exposição ao sol sem proteção aumenta o risco de desenvolvimento de câncer nos lábios.

Além de todos esses fatores, a falta de higiene bucal e uma dieta rica em gordura e pobre em vitaminas e proteínas aumentam ainda mais os riscos de desenvolvimento do câncer na região bucal. Embora o cigarro e o álcool ainda sejam as principais causas do câncer bucal, eles costumam exigir uma exposição prolongada para o desenvolvimento de um tumor, cerca de 15 a 30 anos de consumo.

 

A relação do HPV com o câncer bucal entre a população jovem

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível, geralmente associada ao câncer de colo de útero. O contágio se dá por via sexual ou oral-genital – o que pode levar ao câncer bucal.

Um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) demonstrou que a porcentagem de casos de câncer de amídala com a incidência de HPV subiu de 25% para 80% em 20 anos. Uma outra pesquisa, divulgada pelo Estadão, indica que 32% dos casos de câncer de boca em jovens e adultos foram constatados em portadores de HPV, enquanto nos pacientes acima de 50 anos o vírus estava presente apenas em 8% dos casos.

Existem vários tipos de HPV. Enquanto alguns deles são de baixo risco e estão relacionados ao aparecimento de verrugas, os subtipos de alto risco predispõem o desenvolvimento de tumores malignos. Entre eles, o câncer de colo de útero.

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