O tradicional prato brasileiro é composto de arroz, feijão, carne, legumes e farofa. Às vezes, ovos e, outras vezes, batata frita. Entretanto, pessoas estão cada vez mais optando por cortar a carne do cardápio, seja por aderir a uma alimentação vegetariana ou vegana, seja pelo preço da carne. Nas últimas semanas, o produto sofreu um forte reajuste, que elevou seu preço em até 50% nos mercados, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Essa elevação do custo foi repassada aos consumidores, que devem estar preparados para o aumento crescente desses valores no próximo ano. Diante dessa situação, muitos brasileiros se veem obrigados a pensar em alternativas para manter uma das principais fontes de proteína no prato e, ao mesmo tempo, economizar.

Proteínas são substâncias importantes para o bom funcionamento do nosso organismo. Elas são responsáveis por formar massa muscular, entre outros tecidos corporais. No caso da carne vermelha, porém, assim como de outras fontes de proteína animal, ela não deve ser a base da alimentação diária.

Segundo a coordenadora dos cursos de pós-graduação na Pós Estácio, Gabriela Chamusca, a proteína da carne vermelha não é difícil de ser substituída: “Na verdade, nutricionistas recomendam alternar as fontes de proteína na prescrição dietética, consumindo-se carne vermelha, em média, duas vezes por semana. Se pegarmos a pirâmide de alimentos, vamos ver que a carne está quase no topo, sendo um alimento para não ser consumido no dia a dia”.

 

Fontes alternativas de proteína

A coordenadora Gabriela Chamusca também reforça que existem diversos outros alimentos fontes de proteínas, sejam ou não de origem animal: “Temos os ovos, que também são fontes de proteínas; grãos, leguminosas, cereais, embora ofereçam proteína em quantidade menor. Temos também os laticínios, que incluem leites, queijos e iogurtes. Até mesmo para pessoas veganas, que não consomem nada de origem animal, é possível manter a proteína na dieta com cereais, leguminosas e grãos, como a soja”.

A proteína animal é chamada de proteína completa por fornecer aminoácidos que não são produzidos pelo organismo humano na quantidade necessária. Além disso, outras fontes de proteína animal, como aves, pescados e suínos oferecem o valor proteico equivalente ao da carne vermelha e têm preços mais em conta no mercado.

É importante ressaltar que o brasileiro consome muita carne, o que, muitas vezes, leva ao excesso de proteína. A recomendação média de especialistas é de 1g de proteína para cada 1kg de peso corporal diariamente, levando em consideração que um filé de carne de 100gpossui entre 22e 25 gde proteína. Dessa forma, uma pessoa com cerca de 80 kg deve consumir 80 g de proteína por dia.

Outra alternativa é diminuir o consumo de carne e adicionar outras opções – de origem animal ou não – na alimentação diária, afinal, a melhor opção, sempre, é manter uma dieta balanceada.

 

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