A Neuroeducação é uma abordagem interdisciplinar dentro do ambiente educacional que busca respeitar a individualidade dos alunos, de forma que cada um deles aprenda de um jeito, em um ritmo, e isso deve ser explorado pelo educador. Por isso, neste conteúdo, você verá as vantagens da aplicação da Neuroeducação em sala de aula.

O que é Neuroeducação?

Os responsáveis pelo processo de aprendizagem individual são o funcionamento cerebral e as funções cognitivas comportamentais. Dessa forma, a Neuroeducação é fruto da junção de três áreas do conhecimento humano: a Pedagogia, que se dedica aos processos de aprendizagem e de educação; a Psicologia, que contribui para pesquisas nos campos cognitivo e comportamental; e a Neurociência, que se concentra no funcionamento do sistema nervoso central. Todas essas ciências, de algum forma, trabalham com as habilidades cognitivas do ser humano.
 
A Pedagogia traz a coletividade aos processos de ensino, em que os alunos aprendem com sua integração com a classe e a comunidade, transformando seus saberes durante interações sociais. Em contrapartida, estudos voltados para os processos cognitivos comportamentais começaram a ganhar destaque com ideias de novas formas de ensino, visando buscar a melhor forma e o melhor processo de aprendizado de cada aluno.
 
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A Neuroeducação no processo de ensino-aprendizagem

É necessário entender que a Neuroeducação está reformulando a forma de lidar com estudantes, que, agora, são observados em suas particularidades com respeito às influências do sistema neural.
 
A mudança na forma de lidar com estímulos externos ocorre em nível individual, pois cada pessoa tem seu próprio ritmo, e essa diferença conta dentro das salas de aula. Dessa forma, é difícil estabelecer um método de ensino engessado e esperar que toda a classe se saia bem nas provas finais só por prestar atenção. Não se trata de capacidade intelectual inferior ou de falta de dedicação aos estudos. O ponto é que cada indivíduo tem suas funções neurais atuando de uma forma, além de aptidões cognitivas e processos comportamentais particulares.
 
Por isso, a Neuroeducação tem muito com o que contribuir para melhorar o sistema de ensino. Sua aplicação tem benefícios como:
 
• Identifica perfis cognitivos, de modo a basear a construção de uma estratégia educacional.
• Ajuda a entender cada um em suas individualidades, favorecendo uma educação humanizada.
• Auxilia a identificar condições que podem afetar a aprendizagem, como a ansiedade e o transtorno do deficit de atenção com hiperatividade (TDAH).
• Incentiva o desenvolvimento estudantil em que há uma centralidade dos estudantes, ou seja, estimula o protagonismo dos alunos.
• Estimula o desenvolvimento do pensamento crítico, a interpretação e ajuda a despertar a vontade de aprendizado com base em estratégias educacionais bem-definidas e que levam em consideração os perfis cognitivos. 
 
A utilização das contribuições da Psicologia e da Neurociência garante que o processo de aprendizagem seja mais eficaz e que, assim, haja maior aproveitamento dos conteúdos ensinados. Essa abordagem promove a identificação dos processos e das necessidades individuais dos alunos, bem como o estabelecimento de metodologias de ensino mais estimulantes, a assimilação profunda das informações e o respeito ao potencial cognitivo de cada um.
 
Contudo, a Neuroeducação possibilita o uso dos conhecimentos acerca do funcionamento do cérebro no processo educativo, o que é importante, uma vez que esse órgão se modifica conforme aprende. O sistema nervoso cria conexões entre neurônios de acordo com as experiências individuais, e entender as características pessoais do aluno permite que ele tenha mais autonomia e interesse.